Nota de NAS-NE: Dificilmente o fabricante
dessa marca terá o mesmo mercado, mesmo que fique provado ausência de culpa.
Quem quer correr o risco? Esse caso específico me leva a suspeitar de
interesses alheios ao foco da denuncia. Trata-se de muito dinheiro envolvido,
foi uma marca que substituiu outra em um processo licitatório. Trata-se de uma
grana significativa, certamente no DF a marca substituída zerou suas vendas. Os
Governos são a muito tempo o principal canal de vendas de tais produtos e
diante dessa montanha de dinheiro, essa gente não perde tempo.
Ninguém queira ter uma marca
envolvida em um caso desses, que dependendo da importância da marca no seu
portfólio poderá ser o fim da empresa. Dificilmente será provada a causa efeito
defendida, sempre será deixada uma dúvida. Tenho no momento minhas dúvidas na competência
das instituições fiscalizadoras do Brasil, assim como tenho muito mais dúvida
na ética e respeito dos empresários brasileiros produtores de itens fundamentais
para vida humana. Assim como a maioria dos consumidores não são exigentes com conhecimento
do que consumem, fornecedores e órgãos fiscalizadores não são como deveriam
ser, salvo algumas exceções.
Espero que “debaixo desse angu
não tenha pedra” e a pequena vítima, segundo a matéria, possa crescer saudável
e sem complicações, o que não é muito fácil para quem é alérgico.
Vou ficar de olho (Teófilo Fernandes)
"Venda de fórmula infantil é proibida após reações
alérgicas
Andreia
Verdelio
Da Agência Brasil, em Brasília
Da Agência Brasil, em Brasília
08/06/201515h38
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) proibiu nesta segunda-feira (8) a fabricação e venda de todos os lotes
da fórmula infantil para lactentes e de seguimento para lactentes e crianças de
primeira infância destinada a necessidades dietoterápicas específicas com
restrição de lactose à base de aminoácidos, da marca Amix. O leite já havia provocado
reações alérgicas em crianças no Distrito Federal.
A Anvisa recebeu denúncias de reações
adversas em crianças alérgicas a leite de vaca após o consumo dos lotes
14F0901, 14H13 e 14E1901 do produto. As reclamações foram feitas à Vigilância
Sanitária do Distrito Federal e à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.
Após inspeção realizada na empresa fabricante Pronutrition do Brasil Indústria
e Comércio de Suplementos Alimentares, em Valinhos-SP, entre 27 e 30 de abril
deste ano, foram constatadas irregularidades no cumprimento das boas práticas
fabricação, implicando risco à saúde dos consumidores do produto.
A fórmula é fabricada pela Pronutrition do
Brasil para a Invita Nutrição Especializada, de Belo Horizonte-MG. Em nota, a
Invita discordou da proibição e disse que vai contestar judicialmente a
decisão. Segundo a empresa, as denúncias não foram acompanhadas de nenhuma
comprovação que possa certificar a ausência da qualidade e segurança da fórmula
Amix.
A Invita acrescenta que todos os lotes do
produto sempre foram analisados em laboratórios externos, habilitados pela
Anvisa, e possuem comprovação científica da adequação nutricional e ausência de
proteínas. "A Invita desde o início das denúncias prestou todos os
esclarecimentos e forneceu todas as informações necessárias para que a
investigação fosse conduzida de forma breve e eficiente. Portanto, afirmamos
que a nossa unidade fabril sempre atendeu e cumpriu com as Boas Práticas de
Fabricação evidenciadas por aprovações, obtidas após inspeções realizadas
anteriormente, comprovando assim que não havia risco à saúde dos
consumidores", informou em nota.
A resolução da Anvisa foi publicada no Diário
Oficial da União."
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